São Bento convida a todos, sem distinção, a se recolher no silêncio do claustro, a fim de encontrar a si mesmo. Não se trata de uma fuga por medo de enfrentar as realidades que se apresentam à nossa frente. Ao contrário, seu convite supõe um retirar-se ao silêncio do coração, para cultivar um relacionamento mais profundo e sincero com Deus, que transbordará em gestos de caridade em relação ao próximo.
Nas palavras do Bem-aventurado Columba Marmion, “a Ordem monástica, não tendo finalidade particular, procura antes de tudo a glória de Deus pela consagração total do monge a seu Criador por uma oblação absoluta e sem nenhuma condição, deixando à Providência a disposição absoluta de sua pessoa, sem querer impor a Deus nem plano nem condição nem estipulação” (Carta a Jeanne van Roosbroeck, de 8 de maio de 1918).
Segundo o capítulo 58 da Regra, o candidato à vida monástica deve ser provado para que se saiba se “procura verdadeiramente a Deus” (RB 58,7). O período de discernimento vocacional (antes de entrar no Mosteiro) pode durar cerca de um ano. Após ter seu ingresso aprovado, o candidato chega ao Mosteiro e inicia-se o período do postulantado – com duração aproximada de nove meses. Sendo aprovado, o postulante recebe o hábito dos noviços e, segundo a tradição monástica, um novo nome, escolhido pelo Abade. Tem início, então, o período chamado noviciado, que dura, pelo menos, dois anos. Nesses três anos (período abrangendo postulantado e noviciado), se dá a formação monástica mais intensa, que não se limita a aspectos intelectuais, mas é composta, em grande parte, por aulas ministradas dentro do próprio mosteiro. Caso seja aprovado pela comunidade, o noviço faz sua profissão temporária, dando início ao chamado período de provação (que pode durar de três a nove anos), ao fim do qual, mediante nova avaliação do Capítulo do Mosteiro, poderá ser admitido à profissão perpétua, recebendo enfim a consagração monacal.
Disponibilizamos a seguir diversos textos para leitura a fim de orientarem o início do discernimento vocacional. Para receber orientações mais precisas, de acordo com a realidade de cada um, é fundamental entrar em contato com o monge responsável pelo acompanhamento vocacional dos candidatos. Para tanto, preencha o formulário abaixo.